13/06/2023

Governo destina R$ 400 mil para Prefeitura de Tarauacá


Ogoverno do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), em parceria com a Prefeitura de Tarauacá, assinou nesta sexta-feira, 9, um convênio de R$ 400 mil para para manutenção de ramais e serviços de infraestrutura na região.

O governador Gladson Cameli anunciou o investimento e falou que o Estado tem sido parceiro de todas as prefeituras do Acre.

“Estamos assinando hoje o convênio em Tarauacá, para os trabalhos de melhorias nos ramais e ruas da cidade e isso vai ajudar muito o pequeno produtor e todos os que precisam de acesso”, disse Gladson.


A prefeita, Maria Lucineia, destacou o investimento feito pelo governo estadual que deve atender às necessidades da população de Tarauacá.

“Estamos trabalhando na recuperação dos ramais de Tarauacá, precisamos de parceiros para, nos fortalecemos mais, e com as instituições fortalecidas quem ganha é a população tendo os serviços executados”, afirmou.

O presidente interino do Deracre, Sócrates Guimarães, ressaltou a importância da parceria com a prefeitura para execução dos trabalhos, e fez um reconhecimento ao trabalho do município.

“Parabenizamos os trabalhos executados pelo Deracre e Prefeitura de Tarauacá e reafirmamos nesse ato a ampliação de mais serviços na cidade”, destacou.

Os recursos, oriundos da fonte 100 (recursos próprios) e serão utilizados conforme plano de trabalho.

MAIS ALFABETIZAÇÃO Para melhorar a alfabetização, governo deve investir em infraestrutura e profissionais da educação


Segundo pesquisa do MEC, apenas 4 em cada 10 crianças do 2º ano do ensino fundamental conseguem ler e escrever na idade certa

Foto: Arquivo/ Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O estudo Alfabetiza Brasil do Ministério da Educação (MEC) divulgado na última quarta-feira (31) apontou que 56,4% das crianças brasileiras não estavam alfabetizadas no 2º ano do ensino fundamental em 2021.

Para chegar a esse índice, a pesquisa considerou como alfabetização a capacidade de ler pequenos textos formados por períodos curtos, localizar informações na superfície textual e a capacidade de realizar inferências básicas sobre textos que combinam linguagem verbal e não verbal

Em relação à escrita, os critérios foram a capacidade de produzir texto a partir de uma demanda relacionada ao contexto da vida cotidiana e ao cumprimento da intenção comunicativa com relativa eficácia, mesmo que existam desvios da norma padrão)

Especialistas, como a diretora de projetos da Frente de Alfabetização, Daniela Caldeirinha, destacam que a defasagem escolar impacta na vida dos estudantes, ao promover o aumento de distorções idade-série, perda de interesse pela escola, evasão e reforço de desigualdades e exclusões educacionais e socioeconômicas.

As consequências se estendem pela vida adulta: de acordo com artigo do pesquisador Ricardo Paes de Barros, um indivíduo alfabetizado alcança um índice de 77% em uma escala de qualidade de vida, enquanto um não alfabetizado chega a somente 43%.

Professores e professoras esquecidos

Diante dos impactos negativos que a formação tardia traz para alunos/as e para o país, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que reverter esse cenário é uma das prioridades do governo federal e apontou que em breve lançará um grande pacto nacional pela alfabetização das crianças na idade certa.

Segundo ele, o MEC precisa definir indicadores para ter um ponto de partida e ressaltou a necessidade da colaboração das lideranças estaduais e municipais para definir políticas públicas, visão compartilhada pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.

Para o dirigente, qualquer modelo que ignore o cenário com o qual os professores/as convivem não atingirá o objetivo e será necessário atuar em várias frentes a começar pela formação dos educadores/as.

“Muitos foram preparados em faculdades privadas que dizem ter professores com mestrado e doutorado, mas que não atuam e não conhecem a realidade da sala de aula. Além disso, observamos um excesso de docentes formados por um modelo de educação à distância, quase 70% deles concluíram os estudos assim nos últimos 10 anos. Sem saber o que se passa numa escola, sem troca direta de experiência e sem um foco adequado para a alfabetização”, alerta.

Política continuada

Além disso, diz Heleno, o governo federal precisa enviar um projeto ao Congresso para aprovar a lei do Sistema Nacional de Educação, responsável por definir a participação da União, estados e municípios no processo de ensino e permitir aos gestores municipais a realização de concurso.

“Muitos trabalhadores/as da educação são contratados em formato temporário, burlando a Constituição Federal, para um cargo que não é de professor, como forma de não cumprir a lei do Piso do Magistério e impedir o direito a um plano de cargos e carreiras. Lembramos também que, desde 2015, o PNE (Plano Nacional de Educação) diz que teria uma política continuada para nós e, até hoje, isso não foi colocado em prática”, critica.

Salas inadequadas

Aliado a esses fatores, docentes, alunos e alunas ainda enfrentam a falta de condições estruturais adequadas. Segundo fiscalização realizada neste ano por 32 tribunais de Contas, 57% das salas de aula visitas em todo o país são inadequadas como local de estudo.

Portanto, segundo o dirigente, qualquer política eficaz de alfabetização começa por abrir espaço à participação de quem está nas escolas na construção de qualquer modelo.

“Nas falas do MEC, do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ou dos aplicadores da pesquisa, não vemos citação à infraestrutura das escolas, ao quadro de pessoal, se o município realiza concurso público com formação de nível superior para alfabetizadoras/es, de acordo com a Constituição.. Os governos anteriores do presidente Lula já definiram parâmetros de qualidade para educação infantil que determinam qual a infraestrutura específica para creche, para pré-escola de 4 a 5 anos e para os anos iniciais do ensino fundamental. O que falta é cumprir”, afirma.

Postado por sinteacdetarauaca às 09:10

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